"Com o tempo aprendi a esquecer meus pesadelos. Já os meus sonhos... estes me acompanham mesmo acordada."

sábado, 10 de dezembro de 2011

Caleidoscópio





Em algum momento o coração para e começa a chorar. Das gotas saem palavras que se juntam para formar meu caleidoscópio, que de tão triste é lindo de se ler. Já disse Rubem Alves "Ostra feliz não faz pérolas". Posso concluir que tenho um baú com as mais maravilhosas joias. 


Sempre acreditei que era movida pelo amor. 
Mas, descobri que estava o tempo todo enganada. 
Na verdade, o que me move são os sonhos.
Sejam eles vividos ou somente sonhados, o que importa é o quanto de fé deposito em cada desejo.
Nada tem a ver com amor, porque se algo me tira a vontade de sonhar, mesmo que eu continue amando, perco a vontade de consegui-lo.
E é assim que tem acontecido...


Uma vontade de falar 'eu te amo' pra alguns olhos famintos de beleza e ouvidos dilacerados de sofrimento.


Às vezes os sonhos se esvaem e nada pode ser feito para resgatá-los. A gente morre e espera que a piedade jogue a última pá de terra fofa.


E eu acordo, ele está lá, feito ponteiro de relógio lembrando a cada batida que a ferida ainda está aberta. 


"O defeito dela é acreditar demais nas pessoas." Tá! Agora vou acreditar em sombras.


Eu fico calada porque nenhuma palavra faz sentido se não existe um amor que me faça soltá-las.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nada é errado se te faz feliz


"As atitudes dos indivíduos, sejam estas de que ordem for, trazem como objeto incentivador algo, um bem final a se alcançar. Porém, quando tal bem é tolido ou simplesmente negado, surge um sentimento: o arrependimento. Este, pelo qual as pessoas demonstram angústias e reflexões se deveriam, realmente, ter tido tais ações em nome de um desejo.

Frustrações, indagações e uma intensa busca de ter soluções ou oportunidades para retomar ou conseguir aquilo que foi perdido ou desperdiçado, são conseqüências causadas, sejam pelo arrependimento de ter feito algo sem medir esforços, em prol de uma oportunidade, ou por ter ficado inerte, passivo a qualquer situação. O medo de tentar, arriscar, extirpam de qualquer ser a chance de sabedoria, sim, pois mesmo quando o errar torna- se difícil de impedir aprende-se com o mesmo, demonstrando que o arrepender-se por não ter tentado é o pior entre os arrependimentos. Segundo Giovanni Bocaccio: “É melhor arrepender- se por ter feito alguma coisa do que não ter feito nada.”

Quantos conhecimentos, alegrias, sorrisos, formas de interações poderiam ser conquistadas, caso não fosse esse terrível e pertinente medo das conseqüências, maléficas, de tentar. Quando há, no final das contas, a percepção do quanto seria bom ter agido, mesmo quando o inesperado acontece, a impotência de controle quanto ao tempo e às oportunidades vem à tona.

Portanto, as próprias peças que a vida compõe necessitam do agir, ter ações e compreensões. Arrepender-se por não ter agido, além de retirar possíveis benefícios que poderiam ser alcançados omite o sentido de perseverança e autocrítica, afinal , como disse Renato Russo: “ Motivo de arrependimento é não ter aprendido com os próprios erros.”

sexta-feira, 13 de maio de 2011

...


Eu não vim aqui para lhe dizer que eu não posso viver sem você, eu não vou morrer.
Eu posso viver sem você.
Eu só não quero.

e isso me doi tanto..

domingo, 17 de abril de 2011

Simples assim








Aprendi que sem você eu posso qualquer coisa, menos ser feliz.
Não canso de te esperar e vou esperar a vida inteira se precisar.








segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quer saber?


Achei que já tinha passado por todas as provações possíveis, pra ser reconhecida como merecedora de alguém especial. Mas, estou de novo sendo colocada no jogo dos obstáculos e palavras. Fatos inexplicáveis e sem justificativas, colocados no meu caminho, certamente, pra que eu os supere e prove que sou digna de ter o que (ou quem) eu simplesmente, quero.

Poderia dizer que quero porque quero e isso bastaria pra explicar, mas como todo mundo adora explicações longas, me sinto obrigada a tentar passar o que vai aqui dentro.

Quero porque me faz o bem, porque me faz sentir uma pessoa melhor do que me julgo ser. Quero porque tenho vontade de cuidar e, por mim o mundo poderia simplesmente se desfazer e ficar somente ele. Sou mesmo exagerada e isso daria um belo drama mexicano, mas é o que tenho pra falar.

Nem tento ser poética, porque o fato em si já é surreal para ser representado por meio de metáforas e palavras bonitas.

E nesse meio tempo acabei aprendendo que o que sinto não é suficiente para influenciar nada e, que nada do que eu disser fará com que eu tenha o amor e a confiança que tanto desejo. Não posso implorar pra que ele fique.

O problema é que só posso usar as palavras, pois não nos foi dada oportunidade de utilizarmos outros meios. Logo quem sempre acreditou somente no que viu, se pega agora acreditando em algo que somente sente. E sente com toda intensidade e calor.

Nem tudo depende unicamente de mim, mas decidir o que vai ser eterno no meu coração, sim. E ele sempre vai me ter, de corpo, de alma e coração, apesar de.

Da mesma forma que me fortalece consegue ser meu ponto fraco, intocável, insubstituível. Mas, quando não se tem mais nada o que fazer, me resta esperar e acreditar, confiar e amar e, quando não puder mais, me deixar acabar pra voltar inteira, reconstruir meus sentimentos e crenças, tendo a certeza de que de algum lugar ele nunca vai sair, passe o tempo que for, aconteça o que acontecer.

No final, continuo aqui, inteiramente aberta e entregue, esperando o desenrolar da história, me amando e o amando ainda mais. Que venha o melhor pra cada um de nós, que o nós ainda exista.

E, se quiser que eu vá embora, eu vou. Triste, é verdade e com muita saudade, mas vou tranqüila e em paz, com a certeza de que não posso deixar que a minha felicidade dependa de algo que já não depende mais de mim.

Um dia vou ouvir de alguém o que ouço de mim, então irei pensar como eu sonhei em vão. Não vá... ou vá, você é quem quer.

Quer saber?

EU AMO VOCÊ



sábado, 2 de abril de 2011

Por um momento



O dia vai sem qualquer novidade.

Mais uma vez é a música que toca e faz com que lá fora o tempo pare. Um calor estranho para o outono, a chuva que não sabe se cai, a taça de vinho para acompanhar algumas horas de solidão.

Há muito que fazer, há muito que ler e pensar, mas é melhor ficar só no ócio. A desorganização já começa a lhe parecer familiar. Falta vontade de sair, ver e ser vista, de se arrumar, ver as amigas e dar gargalhadas. Tudo parece fútil, inútil e sem sentido.

Por quê?

A vontade de estar em outro lugar e a vontade de permanecer exatamente onde está. É o caos e a paz. O corpo, às vezes quer dançar, pelo simples ato de se soltar e ao mesmo tempo quer deitar ao lado de alguém para só sentir a respiração. Alguém que nunca está.

Já lhe falta imaginação para entender o que acontece, o que é verdade e o que é somente fruto da mente inquieta.

Quer somente viver isso ou aquilo.

E, antes de fechar, leu isso em algum lugar:

‎"Com bastante amor, qualquer sonho pode se tornar uma realidade. Se duas pessoas compartilham a mesma visão, as possibilidades são infinitas."

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amor... hm.



Belief Makes Things Real








"Não sai do meu lado. Não me deixa nunca, que eu não sou nada sem ti."




domingo, 20 de março de 2011

Vá à vida!


A vida vira de ponta a cabeça e isso só faz com que o crescimento seja muito mais produtivo e recompensador.

Chega a doer quando você se descobre vivendo uma ilusão. A sensação de ter caído no conto do vigário é absurdamente revoltante. Vem o sentimento de frustração, fraqueza e impotência. O pior é como você se sente burro.

A condição de julgar não deveria ter sido dada aos seres humanos, em toda nossa complexidade não desenvolvemos senso crítico e de justiça pra tal ação. Assim como o medo, a ansiedade e antecipação dos acontecimentos deveriam nos ter sido entregue com bastante cautela e limite.

Deveria ser proibida a má interpretação. Deveria ser obrigatório que as pessoas se tratassem com cortesia e mais generosidade. Confiar não tira um braço de ninguém. Também deveria ser lei que as pessoas dissessem o que sentem uma em relação a outra. Deveria ser proibida a resposta sei lá, quando o que você perguntou só é digno de “sim” ou “não”.

Todos deveriam saber que não existem bolas de cristais e fórmulas mágicas para desvendar a mente, que é impossível incrustar no cérebro do outro qualquer informação que ele se negue a absorver.

Cada um sabe de si, cada um sabe o que deve ser feito.

Quando um não quer dois não ficam juntos e, sim, quando alguém quer você de verdade nada, nem ninguém, pode mantê-lo longe. Mas, se não é bem isso... coloque uma boa música, tome uma taça de vinho, sente de frente para seu espelho e veja que ali está a sua verdade.

Comece mais uma sessão desapego.

Há milhões de pessoas nesse mundo e não é uma rejeição aleatória e por motivos torpes que fará com que você desista de viver tantos sonhos. Ninguém é obrigado a ficar com você porque você o ama. Amor tem que ser recíproco e independente de qualquer coisa.

Certa vez li essa frase que ficou gravada na minha “caixa de princípios e convicções: “Diga-me quem você mais perdoou na vida e eu te direi quem você mais amou.” Sem perdão, sem amor. Sem respeito, sem amor. Sem confiança sem amor. Sem arriscar, sem amor. Sem amor, sem vida.

Mude. Mude até de estado se for preciso, mas seja você onde quer que vá. Não deixe de lado seus princípios e valores por algo que te disseram a seu respeito. O que o outro pensa de você é problema dele. Preocupe-se apenas com a sua consciência, é ela quem dorme na sua cama.

Não se culpe por não conseguir realizar o que depende de outro. Faça sua parte. Fique bem.

Desfaça-se de tudo que não for belo, útil e te faça bem. Cada um carrega em si tudo que precisa para ser feliz.

Delete todas impressões que as pessoas têm de você. Saia do campo de visão delas. Afaste as informações que elas possam ter de você. As que verdadeiramente importam e se importam saberão onde te encontrar... e não vão demorar.

Agradeça a quem te fez enxergar que o rumo deveria ser mudado. Mesmo que ela não permaneça na sua vida como você queria, ela te fez enxergar que você pode mais. Dê um sorriso e lhe deseje felicidades.

Por fim, pule esse fim de semana e vai logo pra segunda feira, que é dia de começo, dia de esquecer, de fazer acontecer, correr atrás e buscar seu lugar ao sol.

Vá à vida!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Amor de praia?


Quando pedem pra explicar ela ainda não sabe como começar e como começou. Consegue se perder nos detalhes e no tempo.

Apareceu. E pareceu um menino, como outro qualquer, apenas incomodando com algumas de suas ideias e faces.

Tinha outro alguém e, a princípio, isso não fez diferença.

A conversa fluiu, as intenções se transformaram a ponto dela viajar e embarcar nos sonhos e até devaneios. Mesmo assim ela não o viu, nem nunca escutou sua voz. Isso traz certa apreensão, incertezas e medos. Mas, não está se importando...é muito pouco para o que está sentindo.

Ela (sobre)vive de uma pequena foto e seu nome gravado em caps lock no pensamento.

Sabe que não deveria.

Confiou tanto que o deixou entrar mais. É sincera, leal e impulsiva. Diz a verdade e até o ruim fala com honestidade, mesmo sabendo que ele não acredita ou que ele pode nem existir.

Já ouviu dizer que é louca e está caindo no conto do vigário, mas as melhores pessoas do mundo são assim, Alice! Loucas e, nem por isso, menos felizes.

Quisera que ele vivesse apenas em sonhos e distância, mas já não consegue voltar ao estado de antes sem que isso lhe cause sofrimento já vivido... na carne.

Pensa que não se arriscar pode levar à perda de outra oportunidade. O cavalo não passa selado pela terceira vez e sente que ele pode ser o artigo definido.

Uma palavra mal interpretada, pensar no tom em que as palavras foram transcritas, os desencontros de comunicação, tudo remete ao afastamento e desapego... ainda sim espera vê-lo, escutá-lo, senti-lo em todo seu corpo e mente. Sem meias palavras, sem insinuações, só pele e respiração. Olho no olho, olho no corpo e um até breve no final do beijo.

Agora vai dormir e se perguntar em sonhos: ele está só aí ou existe aqui fora também???

Melhor deixar a dúvida dentro do travesseiro.