Mais uma vez é a música que toca e faz com que lá fora o tempo pare. Um calor estranho para o outono, a chuva que não sabe se cai, a taça de vinho para acompanhar algumas horas de solidão.
Há muito que fazer, há muito que ler e pensar, mas é melhor ficar só no ócio. A desorganização já começa a lhe parecer familiar. Falta vontade de sair, ver e ser vista, de se arrumar, ver as amigas e dar gargalhadas. Tudo parece fútil, inútil e sem sentido.
Por quê?
A vontade de estar em outro lugar e a vontade de permanecer exatamente onde está. É o caos e a paz. O corpo, às vezes quer dançar, pelo simples ato de se soltar e ao mesmo tempo quer deitar ao lado de alguém para só sentir a respiração. Alguém que nunca está.
Já lhe falta imaginação para entender o que acontece, o que é verdade e o que é somente fruto da mente inquieta.
Quer somente viver isso ou aquilo.
E, antes de fechar, leu isso em algum lugar:
"Com bastante amor, qualquer sonho pode se tornar uma realidade. Se duas pessoas compartilham a mesma visão, as possibilidades são infinitas."
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