Passou uma tempestade. Dias escuros, longos e com muitos ventos daqueles que bagunçam o cabelo e arrastam as certezas do lugar. Tempos difíceis em que o aprender doeu tanto quanto as decepções colhidas no ocaso.
Dias de calmaria se revelam num incessante desejo de ir além das expectativas, mas as forças ainda são escassas e os caminhos obstruídos pela neblina do medo de arriscar.
A aflição pela mudança, as dúvidas por novos sonhos, a mágoa pelas perdas se confudem com uma sensação de paz que, por vezes parece ilusória, dissimulada.
Se o dever foi cumprido nunca irá saber, mas o cansaço já venceu a guerra e alguma frustração vai fazer companhia durante todos os amanheceres.
Escrever, que era fácil como um choro, tem sido difícil como um sorriso. Demora, a palavra some com as ideias aturdidas. Uma dificuldade estranha, desconhecida.
A pergunta certa não é o que eu tenho feito da vida, mas sim o que ela tem feito de mim. Digo que espero os dias de bonança e graça, quando as palavras de novo serão despejadas de uma alma tranquila e em ordem.
"Eu quero paz e arroz. O amor é bom",
mas, nem depois!
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