"Com o tempo aprendi a esquecer meus pesadelos. Já os meus sonhos... estes me acompanham mesmo acordada."

terça-feira, 2 de abril de 2013

Enquanto o amor não vem II



É muito difícil tomar uma decisão que você sabe ser preciso quando se ama alguém e quer muito estar com essa pessoa.
Porém, quando junto a isso, existe uma falta de amor-próprio, uma falta de respeito, de autoconfiança, você hesita antes de decidir se irá se submeter a um processo de transformação da realidade que você tem ou se pode viver doente mais um pouco. É normal, que nesse momento você minta para si mesmo dizendo "Na verdade, não é tão ruim assim".
É tão ruim assim, sim!

É preciso ter disposição para encarar a verdade e aí, instantaneamente, você assumirá a responsabilidade pelas prioridades que estabeleceu em sua vida e agirá de acordo.
Irá respirar fundo, empinará o peito ferido e usará a única arma que tem contra tudo o que vem te fazendo mal: a renúncia.
Renunciar não é se render: é desistir das coisas que não estão funcionando, das coisas que mais trazem dores do que alegrias. Desiste-se dos maus hábitos, das coisas que não estão ajudando a aprender a se amar.
Aqui você vai saber que não pode consertar, mudar, ajudar, reiventar o outro. Mas, com o amor que nos foi confiado por Deus podemos mudar a nós mesmos, dar um tempo para descobrir o que precisa saber a respeito de si.

Começa, então, um tempo de espera, de autoconhecimento, de autocontrole, de descobertas.
Disposição para enfrentar o meio-tempo significa reconhecer que não estamos sozinhos, mas que estamos com nós mesmos e que não nos importamos em nos fazer companhia. Encontrar alguém , apaixonar-se, ter um relacionamento - não é isso o que nos motiva. Agora queremos dar um jeito em nós mesmos. Queremos entrar em forma, mental, espiritual e emocionalmente. Queremos tratar de assuntos inacabados, assuntos que assustam e ficaram de lado.
Este é um excelente momento para se perguntar por quê. Mas, mais do que isso, é preciso estar preparado para ouvir a resposta, pois nem sempre ela pode ser o que você quer ouvir.

De novo, digo que é importante ter disposição. Enquanto não renunciarmos à raiva, ao ressentimento, ao desespero, às inseguranças e ao medo, o meio-tempo não poderá ser uma experiência de mudanças positivas.
É disso que trata a renúncia: simplesmente parar de fazer as coisas que nos deixam infelizes, loucos, tristes, com ódio de nós mesmos e neuróticos.

Não existe tempo para essa fase, ficamos nela o tempo necessário, não apenas para ficarmos prontos, mas que o outro lado também fique.
Em outras palavras: você pode estar pronto, mas sua "alma gêmea" pode não estar. Você pode estar curado de suas inseguranças, mas sua "metade perfeita" pode ainda não estar totalmente curado das doenças da alma. Você pode ter perdoado tudo o que tinha para perdoar, mas a pessoa pela qual está esperando pode nem ter começado a fazer o trabalho de perdoar e renunciar. Consequentemente, ficamos no meio-tempo até que a pessoa divina também esteja preparada e pronta para nós, para nos fazermos felizes, para nos amar incondicionalmente.

"Todo relacionamento é o relacionamento que precisamos naquele momento"

Ouvi isso e nunca mais esqueci.

Quando o motivo da união é alcançado, ou a estação da união termina, um relacionamento irá terminar e iremos entrar de novo na espera... é um ciclo, até que, finalmente, duas pessoas preparadas e prontas se encontram para nunca mais se separarem. 

Amor, tudo e sempre... 

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